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Nova tendência nas redes sociais: Influencer de saúde mental

Saúde Mental e Bem-Estar, Por Andréa Ladislau, Psicanalista

Em 23/01/2024 às 21:38:09

Os influencers digitais estão por toda parte. Como o próprio nome diz, são pessoas que usam suas redes sociais para influenciar sua audiência a consumir produtos, interagir com novas tendências, estar atualizado e antenado com todas as novidades do momento. Mas a novidade atual é o despontar dos chamados “Influencers de saúde mental”, que podem ser especialistas, profissionais ou mesmo pessoas comuns que possuem ou já vivenciaram algum tipo de desconforto psíquico emocional e que usam de sua influência para falar sobre o tema para um número cada vez maior de seguidores em diversas plataformas digitais.

O objetivo é usar de sua capacidade de influenciar e formar a opinião de outras pessoas por meio de conteúdos que eles produzem nas redes sociais. Esses conteúdos podem abordar qualquer tipo de assunto, de qualquer nicho. E quando isso se volta para saúde mental, o que temos visto é uma popularização de termos antes tidos como tabus sociais.

A pertinência desta abordagem requer responsabilidade afetiva e cuidado para que seja feita com cautela e sabedoria para não divulgar informações errôneas e, assim, alimentar neuroses e transtornos inexistentes na audiência. Afinal, cada ser humano é único e o que me afeta nem sempre irá afetar o outro, e vice-versa. Por outro lado, devemos estar felizes por temas relacionados à saúde mental estarem vindo para as pautas de discussão, o que demonstra que são muitos os pontos nevrálgicos envolvidos no assunto. Porém, é visível a mudança de olhares e a busca por conhecimento sobre as dores psíquicas que afetam o ser humano e geram tantas crenças limitantes e conceitos enraizados que, culturalmente, rejeitam tudo aquilo que desconhecem.

Esse estigma precisa ser quebrado e combatido através da popularização de assuntos relacionados a doenças mentais e hábitos comportamentais prejudiciais ao desenvolvimento do indivíduo. Promover o acesso à informação é um grande antídoto no combate à negligência do autoconhecimento. Afinal, o grande entrave está no fato de que doenças físicas são mais perceptíveis que as questões psicoemocionais. Com isso, temos percepções e diagnósticos tardios, dificultando o reconhecimento da necessidade de busca por ajuda de profissionais de saúde mental.

Enfim, “Influencers de saúde mental” são bem-vindos quando descortinam, com responsabilidade, respeito e orientação, chamando a atenção para as dores da mente e do comportamento sem invadir o espaço da orientação técnica adequada, que deve ser ofertada por um profissional habilitado. Um investimento louvável para propiciar bem-estar e equilíbrio, visto que somos seres únicos em busca de sustentação e capacitação para uma vida saudável. Por que não usar a tecnologia em favor da disseminação da informação adequada? Ou seja, quanto mais falarmos sobre nossos sentimentos, mais conscientes ficamos de nossos vazios e das nossas forças. Portanto, que cada indivíduo compreenda a urgência de um relacionamento genuíno consigo e com o mundo que o leve de encontro ao crescimento pessoal, a superação de conflitos, traumas ou dificuldades emocionais. Uma coisa é fato: tudo que nos leva a refletir e nos reconhecer ajuda a transformar frustrações em gatilhos para a obtenção de força na busca de caminhos mais assertivos.


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